segunda-feira, 7 de setembro de 2009

não te rias de mim, que as minhas lágrimas
são água para as flores que plantaste
no meu ser infeliz, e isso lhe baste
para querer-te sempre mais e mais.

não te esqueças de mim, que desvendaste
a calma ao meu olhar ermo de paz
nem te ausentes de mim quando se gaste
em ti esse carinho em que te esvais.

não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
sempre esse manso adeus de quem aguarda
um novo manso adeus que nunca tarda

ao amante dulcíssimo que fiz-me
à tua pura imagem, ó anjo da guarda
que não dás tempo a que a distância cisme

vinicius de moraes


que coincidência

Um comentário:

  1. cincidência porque ele tava no uruguai.
    e eu fui ler poesia e encontrei justo essa aí

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